Depois de 17 anos desde a última partida de futebol realizada no estádio, o Pinheirão vai ser desapropriado pelo Governo do Paraná. O complexo poliesportivo fica no bairro do Tarumã em Curitiba. O projeto da envolve transformar o complexo poliesportivo em um Centro de Eventos com área comercial, centro de exposições e galeria com restaurantes e serviços.
Em conjunto com a Paraná Projetos, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) vai avaliar nos próximos seis meses qual modelo de concessão privada vai ser utilizado. A ideia é atrair empresários para realizar a reforma e ocupar as futuras salas comerciais do Centro de Eventos.
De acordo com o governador Ratinho Júnior, o objetivo da reforma é construir “Uma arena de eventos, um centro de exposições para até 25 mil pessoas e todo um complexo comercial, com setor hoteleiro e boulevard com restaurantes e academia.”
Pinheirão
O primeiro projeto do complexo poliesportivo foi proposto em 1956, para ser construído na atual Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba. A meta era que o estádio fosse capaz de receber 180 mil torcedores. Mas o projeto nunca saiu do papel.
Em 1968, o então prefeito Omar Sabbag doou o terreno atual para a construção do estádio no bairro do Tarumã, em Curitiba. Por falta de recursos durante a construção, a obra iniciada em 1972 foi paralisada e o projeto foi modificado para receber 127 mil torcedores.
O estádio foi inaugurado 13 anos depois do início das obras, em 1985, com a partida entre as seleções dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Em 1996, o estádio recebeu uma pista de atletismo e outra de ciclismo.
Entre os anos de 1985 e 1992, o Pinheirão foi o estádio do Clube Atlético Paranaense, que alugava o estádio até que o Estádio Joaquim Américo Guimarães fosse terminado em 1993. Depois, no final da década de 90, o estádio também foi alugado pelo Paraná Clube. Logo após a partida contra o Adap Campo Mourão na final do campeonato paranaense de 2006, o clube retornou a Vila Capanema por conta de dívidas com o estádio do Pinheirão.
Apesar do histórico esportivo, o recorde de público foi durante uma crisma coletiva de 12 mil jovens de 145 paróquias, em 29 de novembro de 1998. O evento reuniu 65 mil pessoas que utilizaram o gramado, passando o limite de torcedores permitidos para uma partida de futebol.
Em função da situação financeira precária da Federação Paranaense de Futebol, o complexo poliesportivo teve seus portões lacrados pela 18ª Vara Cível de Curitiba em 2007. O Governo Federal tentou leiloar o estádio ainda no mesmo ano mas a Federação conseguiu anular a decisão e o ganhador do leilão, Grupo Tacla, não recorreu a decisão. Em 2012, o estádio foi novamente leiloado e dessa vez a Federação não conseguiu anular o resultado e a propriedade foi vendida pelo valor de R$ 57,5 milhões ao empresário João Destro.
Desde então, o mesmo complexo poliesportivo que recebeu as eliminatórias da Copa de 2003, nunca mais foi usado para eventos esportivos e se tornou um “elefante branco” da cidade.