De acordo com o ranking da editora acadêmica Elsevier, da Holanda, o Brasil é o país que mais pesquisa sobre biodiversidade na América Latina. Das 30 universidades listadas, 22 são brasileiras, sendo 18 federais e quatro estaduais. E apenas duas são do Sul, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A UEM figura como a única estadual da região Sul. Ela integra o grupo das estaduais com três de São Paulo: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A estadual paranaense aparece na 21ª posição entre as brasileiras mais bem avaliadas e em 28ª entre as universidades latino-americanas.
Para o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Maurício Reinert do Nascimento, o recente destaque da UEM neste ranking reflete o trabalho contínuo de seus grupos de pesquisa, como o Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupelia).
O pró-reitor ressalta, ainda, o fato de a UEM, como uma universidade do Interior do Paraná, se destacar ao lado de instituições relevantes no País e na América Latina. “O Nupelia, por exemplo, é uma referência não apenas no País, mas no mundo, e segue recebendo investimentos para expandir e aprofundar o conhecimento gerado aqui”.
Relatório
No geral, o relatório revela o estado atual da pesquisa sobre a biodiversidade em todo o mundo, com ênfase na América Latina. Na classificação mundial, o Brasil é o quinto país que mais produz pesquisa na área, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China, Reino Unido e Alemanha.
Do total, 32% das pesquisas globais publicadas sobre biodiversidade são da Europa e 11% da América Latina, com Brasil e México liderando esse campo, representando 58% do total de pesquisas realizadas na região.
O relatório revela que, apesar de a América Latina ter uma presença relativamente pequena na produção científica mundial em números absolutos, sua contribuição para pesquisas sobre biodiversidade é três vezes maior que a média global. Em termos proporcionais, a região concentra muito mais esforços nesse campo, evidenciando a relevância do tema para a conservação da diversidade biológica.
Com informações da Agência Estadual de Notícias