As seções de Crimes Ambientais e Química Forense, da Polícia Científica do Paraná (PCPR), identificaram o agrotóxico usado irregularmente no Brasil que matou abelhas em março deste ano. O trabalho de perícia foi concluído em setembro e resultou na identificação do inseticida Fipronil que está suspenso no Brasil desde 2023.
O produto é indicado para pulverização foliar e no solo, mas apresenta riscos para colônias de abelhas, comprometendo a orientação e os movimentos dos insetos, o que pode levar à morte em até oito dias.
“A identificação do fipronil em abelhas mortas pode, portanto, contribuir significativamente para a investigação de irregularidades no uso de defensivos agrícolas”, explicou a chefe da seção de crimes ambientais, Angela Andreassa.
Agrário e ambientais
O projeto Agroforense pretende aumentar o parque analítico da PCP, a fim de permitir perícias em casos de crimes envolvendo o setor agrário, como crimes ambientais, falsificação e adulteração de agrotóxicos e fertilizantes, além de análise de águas.
O objetivo é adquirir novos equipamentos capazes de identificar pequenas quantidades de substâncias. Eles serão distribuídos para a Seção de Química Forense de Curitiba e de Foz do Iguaçu, o que vai contribuir para a redução do tempo de transporte de amostras e maior celeridade nas análises.
Investimentos
O projeto faz parte do planejamento de reestruturação da PCP. No início deste mês, a Polícia Científica incorporou ao quadro de profissionais 16 novos técnicos de perícia, que reforçarão operações e serviços prestados à população.
Em 2023, a instituição recebeu 76 novos servidores, que foram distribuídos entre as 20 unidades de execução técnico-científica em todo o Estado.
Também no ano passado, a instituição recebeu um tablet multiespectral forense da marca Forenscope, que permite a identificação precisa de vestígios não visíveis a olho nu deixados por criminosos.
A carreira dentro da PCP passou a ter novas configurações. A principal alteração é a unificação das funções da carreira da Perícia Oficial (médico-legista, odontolegista, toxicologista, químico legal e perito criminal) nos cargos de perito oficial criminal, com carga horária de 40h, e perito oficial criminal, com carga horária de 20h.
Com informações da Agência Estadual de Notícias