A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou um aumento no número de mortes em rodovias do Paraná neste ano. Até setembro, o total de mortes subiu 7,8% em comparação com o mesmo período de 2023. No total, 443 pessoas perderam a vida em acidentes, 32 a mais do que no ano anterior. O crescimento de mortes foi acompanhado pelo aumento de acidentes (5,7%) e de feridos (6,5%).
Entre os tipos de acidentes que mais contribuíram para o aumento de vítimas fatais, destacam-se as colisões frontais e os atropelamentos de pedestres. Embora esses acidentes não estejam entre os mais frequentes, ocupando a sétima e a oitava posição no ranking, eles representam a maior parte das mortes. O número de mortes em colisões frontais cresceu 14%, enquanto os atropelamentos registraram alta de 7,4%, totalizando 204 vidas perdidas apenas nesses dois tipos de sinistros. Juntos, eles correspondem a 46% de todas as mortes nas rodovias paranaenses.
A PRF também apontou um aumento expressivo nos engavetamentos, acidentes que envolvem três ou mais veículos. Em comparação com 2023, as mortes em engavetamentos saltaram 300%, passando de 6 para 18 mortes. O número de ocorrências desse tipo de acidente subiu de 89 para 102.
Os acidentes de trânsito, que agora são tecnicamente classificados como sinistros, poderiam ser evitados com mudanças na conduta dos motoristas, destaca a PRF. Entre as principais causas está o excesso de velocidade, que tem sido alvo de maior fiscalização desde o início do ano. De janeiro a setembro, o número de motoristas flagrados acima do limite de velocidade aumentou, passando de 128.174 para 132.018. As ultrapassagens proibidas, que continuam em alta, somam mais de 93 flagrantes por dia, apesar de uma leve redução em relação ao ano anterior.
Para a PRF, o respeito aos limites de velocidade e às condições adversas, como neblina e chuva, são fatores essenciais para evitar tragédias nas rodovias.