O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 500 milhões para a Coamo Agroindustrial Cooperativa construir uma planta para a produção de etanol de milho na cidade de Campo Mourão, Centro-Oeste do Paraná. Com recursos do Fundo Clima, a usina terá capacidade de processamento de 1.700 toneladas de milho com uma produção de 765 mil litros de etanol por dia.
O projeto, que tem valor total de R$ 1,7 bilhão, também resultará na produção diária de 510 toneladas de farelo para nutrição animal (DDGS) e 34 toneladas de óleo de milho, coprodutos gerados no processo do etanol de milho após a etapa de fermentação. O DDGS (grãos secos de destilaria com solúveis ou Dried Distillers Grains with Solubles) é um farelo rico em fibras e proteínas que pode ser incorporado na alimentação animal e o óleo de milho que pode ser utilizado para produção de biodiesel.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luís Gordon, acrescenta que “o objetivo do Fundo Clima é fomentar a transição energética por meio da adoção de fontes renováveis, onde o etanol cumpre papel fundamental para descarbonização do setor de transportes, em linha com as diretrizes da Nova Indústria Brasil.”
Segundo o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, o apoio do BNDES ao projeto da indústria de etanol de milho vem ao encontro da Política de Sustentabilidade que a cooperativa adota. “Essa indústria é totalmente sustentável, uma vez que, produzirá um biocombustível a partir de uma matéria-prima renovável que é o milho. Além disso, a matriz energética térmica é eucalipto de reflorestamento próprio, e gerará 30 megawatts de energia elétrica para todo parque industrial da Coamo”, afirma Galinari.