O Parque da Ciência Newton Freire Maia, localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, vai ganhar um planetário. Nesta segunda-feira (26), foi assinado o contrato para a elaboração dos projetos legais e executivos, além do orçamento de referência de arquitetura e engenharia, para a nova atração. O investimento previsto na obra será de R$ 40 milhões.
O contrato foi firmado após a conclusão do concurso nacional promovido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), que selecionou os melhores projetos arquitetônicos para o planetário. Os vencedores, os arquitetos Gabriel Grothge Faria e Rita de Cássia Nardo, receberam R$ 60 mil como prêmio pelo primeiro lugar e terão a responsabilidade de desenvolver os planos finais do projeto.
Ao ser finalizado, o planetário vai ser capaz de simular o céu e a movimentação de mais de 9 mil corpos celestes em alta definição. Também será possível projetar animações, shows, vídeos e outros conteúdos com resolução excepcional, proporcionando uma experiência imersiva de última geração.
Projetos e tecnologia
O novo planetário tem como objetivo ser uma referência nacional em divulgação científica, educação e turismo cultural. A proposta vencedora, que inclui uma construção sustentável com o uso de madeira engenheirada, promete reduzir o impacto ambiental e oferecer uma estrutura eficiente e visualmente atraente. Além disso, o projeto prevê a revitalização e o paisagismo da trilha do Rio Canguiri, que está situada dentro do Parque da Ciência.
Inspirado nos movimentos dos corpos celestes, o projeto do planetário terá como tema “Órbita”, e utilizará sistemas construtivos modernos, eficientes e sustentáveis. A estrutura contará com um saguão para exposições, um café, um auditório, e uma cúpula de projeção que será o coração do planetário. A cúpula será circular, com todas as outras alas dispostas em círculos concêntricos ao seu redor, criando uma atmosfera envolvente e inspiradora para os visitantes.
Educação e turismo como pilares do projeto
O planetário será uma ferramenta para a educação científica no Paraná, servindo tanto aos estudantes da rede pública e privada quanto aos turistas e à comunidade local. Equipado com tecnologia de ponta, será capaz de simular o céu e a movimentação de mais de 9 mil corpos celestes em alta definição. Também permitirá projeções de animações, shows, vídeos e outros conteúdos com resolução excepcional, proporcionando uma experiência imersiva.
“É um projeto que visa não apenas o avanço da educação, mas também a promoção do turismo científico e cultural no Paraná”, afirmou a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona. O planetário vai funcionar como um ambiente de iniciação científica para alunos do ensino básico, complementando os conteúdos teóricos vistos em sala de aula, além de servir como um laboratório de pesquisa para as universidades do Estado.
Concurso promoveu inovação e sustentabilidade
O concurso nacional que escolheu o projeto arquitetônico do planetário teve como objetivo incentivar propostas criativas e inovadoras que se alinhassem com os valores de sustentabilidade e ecoeficiência. A competição contou com 51 inscrições, das quais 19 foram finalistas. Os projetos foram avaliados por uma comissão julgadora multidisciplinar, que considerou critérios como contextualização, técnica construtiva, conforto, desempenho e acessibilidade.
Além do primeiro colocado, outros dois projetos foram premiados: Janaina Nichele, que ficou em segundo lugar e recebeu R$ 25 mil, e Yuri Vasconcelos Sila, que ganhou R$ 15 mil pelo terceiro lugar. Os trabalhos de Mendes e Prevedello Arquitetura e Engenharia, e Bloco B Arquitetura receberam menções honrosas.
Próximos passos
Os arquitetos vencedores terão quatro meses para entregar o plano final e os projetos complementares. Em seguida, uma licitação internacional será realizada no início de 2025 para a construção do planetário e a aquisição de equipamentos de última geração. A expectativa é de que as obras sejam concluídas em aproximadamente 12 meses após o início, com a previsão de receber cerca de 140 mil visitantes ao ano.
De acordo com o diretor do Parque da Ciência, Anísio Lasievicz, a construção de um novo planetário era um sonho antigo da comunidade e da administração do local. “Já temos várias exposições interativas, laboratórios e experimentos no parque, mas um planetário moderno e bem equipado é um diferencial que complementa a nossa estrutura e atrai ainda mais visitantes”, destacou.
O novo planetário será financiado pelo Fundo Paraná, destinado ao fomento científico e tecnológico no Estado. Nos últimos anos, o fundo teve um aumento significativo, passando de R$ 129,5 milhões em 2022 para R$ 708,9 milhões em 2024, o que possibilitou a realização de projetos como o planetário e outras iniciativas voltadas para a integração entre ciência e educação.
Além de ser um marco para a ciência e a educação no Paraná, o planetário também fortalecerá o Parque da Ciência Newton Freire Maia, que desde sua inauguração em 2005, tem sido um ponto de referência para estudantes, pesquisadores e entusiastas da ciência. Com a adição do planetário mais moderno da América Latina, o parque consolidará ainda mais sua posição como um centro de excelência em divulgação científica no Brasil.
Com informações da Agência Estadual de Notícias