Curitiba registrou a primeira morte por coqueluche desde 2013, de uma bebê que nasceu prematura extrema, com 27 semanas. A criança chegou a receber a primeira dose da vacina pentavalente, mas a mãe não havia se vacinado durante a gestação, diminuindo o efeito da imunização. Em junho desse ano, já havia sido alertado que a cobertura vacinal no Paraná estava abaixo do esperado pelo Ministério da Saúde.
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. A transmissão pode ocorrer por objetos contaminados com secreções (saliva, tosse, espirro) de pessoas doentes. Essa situação é pouco comum mas possível, visto que o agente causador da doença não sobrevive fora do corpo humano por muito tempo.
O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
Sintomas
Os sintomas leves de coqueluche são: mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem: a crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo, a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada, a tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração.
Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.
A gravidade da doença também está diretamente relacionada à falta de imunidade e à idade.
Vacinação
A vacina contra a coqueluche está disponível nas Unidades de Saúde em caráter excepcional para todos os trabalhadores de estabelecimentos públicos e privados que atuam em berçários e creches com atendimento de crianças até 4 anos de idade.
Sendo elegível para vacinação, o trabalhador deverá comparecer a um ponto de vacinação, munido de documento pessoal com foto e algum comprovante da vinculação com esse perfil de atendimento.
O reforço na imunização daqueles que trabalham com crianças pequenas é uma estratégia para proteger esta faixa etária, que é mais suscetível. No adulto, muitas vezes, a coqueluche é assintomática, podendo ser confundida com um resfriado, pois apresenta pequena alteração febril e tosse seca.
Nas crianças, o esquema vacinal é realizado com a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenza e tipo B, com três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. O reforço é aplicado com a vacina DTP, versão do imunizante contra difteria, tétano e coqueluche, aplicada aos 15 meses e outra dose aos 4 anos