A receita gerada pela venda de produtos da indústria mineral no Paraná cresceu 15,8% entre 2022 e 2023, passando de R$ 2,1 bilhões para R$ 2,44 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Água e Terra (IAT). Esse aumento acompanha o crescimento de 5% no volume de minérios comercializados, que subiu de 68,51 milhões para 71,97 milhões de toneladas.
Desde 2018, o setor mantém uma tendência de crescimento. Em 2023, o preço médio do minério bruto subiu 16,4%, de R$ 21,4 para R$ 24,9 por tonelada, enquanto o preço médio do minério beneficiado, exceto ouro e prata, aumentou 6%, de R$ 34,8 para R$ 36,9 por tonelada.
Os minérios mais vendidos no ano passado foram aqueles usados na construção civil, como as rochas britadas, que representaram 42,2% da produção, e as areias, com 14,1%. O calcário e a dolomita, usados na fabricação de cimento e corretivos agrícolas, somaram 32,3% e 3,7% da produção, respectivamente. Já as argilas, utilizadas na produção de cerâmica, representaram 2,2%, e o talco mineral, usado na cerâmica branca e em cosméticos, teve 1,3% de participação.
Outros minerais importantes comercializados no estado incluem o feldspato, usado na produção de vidro; a fluorita, utilizada na indústria química; a barita, importante na perfuração de petróleo; o carvão mineral, para geração de energia; e o ouro e a prata, usados na joalheria e na indústria eletrônica.
Em termos de valor, as rochas britadas e o cascalho lideraram as vendas, representando 45,8% do total, seguidos pelo calcário (25,6%) e pela areia (12,1%). Esses três produtos juntos responderam por 83,5% do valor total da comercialização de minérios no Paraná.
O calcário e a dolomita, usados principalmente para fazer cimento, corretivo agrícola e cal, representaram 32,3% e 3,7% do volume total vendido, respectivamente. As argilas, utilizadas na fabricação de cerâmica, contribuíram com 2,2%, e o talco mineral, que é usado na cerâmica branca e em cosméticos, representou 1,3% do total comercializado no estado.
Outros minerais importantes vendidos no Paraná incluem o feldspato, usado na fabricação de vidro; a fluorita, utilizada na indústria química; a barita, importante na perfuração de petróleo; o carvão mineral, usado para gerar energia; e o ouro e a prata, empregados na joalheria e na fabricação de componentes eletrônicos.
Em termos de valor de vendas, as principais substâncias foram as mesmas que lideraram em quantidade: rochas britadas e cascalho (45,8%), calcário (25,6%) e areia (12,1%). Esses três produtos somaram 83,5% do valor total das vendas de minerais no Paraná.
Mineral x Agro
O levantamento do IAT também traçou um comparativo entre a produção mineral comercializada do Paraná com a produção agrícola do mesmo ano para estabelecer a dimensão do segmento para a economia estadual. Totalizando 68,51 milhões de toneladas, o comércio de minérios negociados no Estado em 2022 foi equivalente à praticamente toda a produção de cana-de-açúcar, soja, milho, mandioca e trigo no Paraná, que somaram 70,28 milhões de toneladas no mesmo ano.
Somente de rochas carbonáticas (calcário e dolomito), o Paraná produziu 27,91 milhões de toneladas em 2022, equivalente a toda produção de soja e milho paranaense no mesmo ano (29,31 milhões de toneladas). A produção de rochas carbonáticas abasteceu as indústrias de corretivo agrícola, cimento e cal.
Títulos minerários
A prática da mineração é realizada em áreas concedidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM), após a obtenção da Licença Ambiental junto ao IAT, com a concessão dos chamados títulos minerários, que são autorizações que permitem a exploração dos recursos, com direito legal à pesquisa, extração, processamento e comercialização dos minerais encontrados em uma determinada área.
Em 2023, foram concedidos 2.663 títulos minerários no Estado com possibilidade de lavra (potencial de extração mineral), que correspondem a cerca de 1% do território estadual. Deste total, em 1.176 houve de fato mineração, com o recolhimento da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) por 523 empresas em 191 municípios paranaenses.
A atividade resultou na arrecadação de R$ 30,88 milhões em recursos do CFEM. Deste montante, 60% foram repassados aos municípios afetados pelas atividades, 15% para o Estado e 10% para os órgãos federais.
Os dados completos sobre a economia mineral, incluindo todos os informes e outros documentos relevantes, estão disponíveis no site do IAT.
Com informações da Agência Estadual de Notícias