Desde julho do ano passado, a dengue matou 610 pessoas e causou 595.732 infecções no Paraná. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou nesta terça-feira (30) o último informe da dengue deste período epidemiológico, iniciado em 30 de julho de 2023. Na última semana, foram registrados mais 8.031 casos da doença e 39 mortes.
Para a coordenadora da Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, os dados de 2023/2024 podem ser atribuídos, em grande parte, às mudanças climáticas, influenciadas, principalmente, pelo El Niño. “As regiões que historicamente apresentavam baixa circulação viral passaram a apresentar um cenário de impacto”, disse.
“O aumento da pluviosidade [quantidade de chuvas] e das temperaturas médias tem sido importantíssimos para a proliferação do Aedes [aegypti, mosquito que transmite a dengue], o que reflete na transmissão da dengue, sendo imprescindível a eliminação dos criadouros”, completou ela.
A situação em relação à doença fez com que o Governo do Paraná decretasse, em março, a situação de emergência em saúde pública para a dengue. A decisão foi tomada devido ao aumento no número de casos e mortes pela doença. A vigência do decreto foi de 90 dias.
Vírus da dengue circulante no Paraná
No período 23/24, foram detectados três sorotipos de dengue em circulação no Paraná: DENV-1, DENV-2 e DENV-3. O DENV-1 teve a maior circulação nos municípios, representando mais de 80% das amostras tipificadas pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen).
Chikungunya e zika
Durante este período de um ano não houve confirmação de casos de zika no Paraná. Em relação à Chikungunya, o Estado registrou 1.920 notificações, 240 casos confirmados e nenhuma morte. Houve o registro de 183 casos autóctones e, destes, 77 eram pacientes residentes do município de Foz do Iguaçu, concentrando 42% dos casos autóctones no Paraná.
Com informações da Agência Estadual de Notícias.