Depois de Foz do Iguaçu, na região Oeste do Paraná, agora foi a vez de Londrina, no Norte, inaugurar a sua biofábrica de criação de mosquitos antidengue que usam o Método Wolbachia. A abertura da nova unidade possibilitará a soltura de 58.087.000 Wolbitos até o fim do ano (2.904.350 por semana), em 139 localidades do município, cobrindo 294 mil habitantes, com o objetivo de conter a proliferação da dengue, zika e chikungunya. Esses mosquitos não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças.
A inauguração aconteceu nesta terça-feira (30) e teve a participação do Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto WMP (World Mosquito Program) e da Prefeitura de Londrina, todos parceiros da iniciativa.
A unidade, de 225 metros quadrados, vai possibilitar a produção do método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, impedindo que os vírus se desenvolvam no inseto, a fim de evitar a transmissão das doenças.
A wolbachia é um microrganismo que existe em 60% dos insetos da natureza, mas que não está presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus dessas doenças se desenvolvam dentro do mosquito. Uma vez que os mosquitos com wolbachia são liberados no ambiente, eles se reproduzem com mosquitos comuns e ajudam a criar uma nova geração de mosquitos incapazes de espalhar doenças como a dengue, zika e chikungunya.
“Londrina é um dos municípios com o maior número de casos há anos. O combate à dengue exige um trabalho coletivo, e, quando nós reunimos todos os parceiros, apoiadores e a população, temos grandes probabilidades de ter efetivamente uma estratégia de sucesso. Não podemos excluir também estratégias anteriores que já acontecem”, ressaltou Maria Lúcia Lopes, diretora da Regional de Saúde de Londrina.
De acordo com os pesquisadores do projeto o resultado do método poderá ser identificado ou sentido um ano após a soltura dos mosquitos. Por enquanto Foz do Iguaçu e Londrina fazem parte deste projeto, mas a Sesa pretende expandir a iniciativa e já prospecta novas unidades.
Com informações da Agência Estadual de Notícias.