A chegada do frio não deu trégua na epidemia de dengue no Paraná. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (9) o novo boletim epidemiológico semanal da doença. O Estado registrou mais 13.811 notificações, 18.306 novos casos da doença e 15 mortes. Ao todo, desde o início deste período sazonal, em 30 de julho de 2023, o Estado contabiliza 912.908 notificações, 565.657 casos e 526 mortes em decorrência da doença.
As 15 mortes ocorreram entre 15 de fevereiro e 4 de junho. São seis homens e nove mulheres com idades entre 37 e 91 anos. As mortes foram registradas em Sulina (1), Foz do Iguaçu (2), Serranópolis do Iguaçu (1), Janiópolis (1), Santa Isabel do Ivaí (1), Arapongas (4), São Pedro do Ivaí (1), Jaguapitã (1), Londrina (1), Cornélio Procópio (1) e Ivaiporã (1).
A Regional de Saúde de Londrina é a que tem o maior número de óbitos e também o maior número de casos confirmados em números absolutos, com 74.114 diagnósticos, seguida da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, com 65.946, e de Francisco Beltrão, com 60.636.
Com relação a mortes, a Regional de Saúde de Londrina registra o maior número, com 95. Depois vêm a Regional de Cascavel, com 75 mortes, e a de Francisco Beltrão, com 71.
Zika e Chikungunya
As informações sobre chikungunya e zika, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, constam no mesmo documento. Neste período houve o registro de 12 novos casos de chikungunya, somando 189 confirmações e 1.906 notificações da doença no Estado. Não há casos confirmados de zika vírus – o boletim soma 143 notificações no Paraná.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Além de vacinar as crianças para protegê-las, conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias