Foi inaugurado nesta sexta-feira (5) o Parque Urbano Faustino Celestino, conhecido como Parque Manduhy, em Cianorte, no Noroeste do Paraná. Com investimento de R$ 4,6 milhões, trata-se do maior empreendimento da história da cidade voltado à área de lazer e tem como objetivo a recuperação de uma área degradada, com combate a erosão.
Do valor total de recursos, R$ 4 milhões são do Governo do Paraná e R$ 671 mil de contrapartida municipal. O parque é resultado de convênio entre o Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), e a Prefeitura de Cianorte. A obra faz parte do projeto Parques Urbanos, que já construiu 32 espaços do tipo no Paraná desde 2019.
A inauguração em Cianorte contou com a presença do governador em exercício, Darci Piana, que destacou que o novo parque urbano faz parte das iniciativas de preservação ambiental que fizeram do Paraná referência mundial, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Iniciativa pioneira no Brasil, o projeto alia desenvolvimento sustentável, lazer, turismo e educação ambiental em um mesmo local. Ao permitir a recuperação de áreas degradadas do município, ele proporciona o controle das cheias, reduzindo as chances de alagamentos; contribui com o reflorestamento e impermeabilidade do solo, uma vez que mudas de árvores são plantadas por todo o complexo; e oferece para a população um espaço destinado ao lazer e à preservação ambiental.
Saiba mais sobre o Parque Manduhy
Com uma área de 157,8 mil metros quadrados, o Parque Manduhy conta com pista de caminhada, ciclovia, quadra poliesportiva e de vôlei de areia, academia com aparelhos de alongamento, parquinhos infantis, redários, mirante e banheiros públicos. Na área de resíduos sólidos, 80 lixeiras simples e sete jogos de lixeiras seletivas foram instaladas por todo o parque.
O novo espaço também integra o projeto Poliniza Paraná, que desde 2021 é obrigatório em todos os Parques Urbanos. São instalados jardins de mel e hotel de abelhas solitárias e sem ferrão, insetos fundamentais para a polinização de diversos tipos de alimentos, como frutas, legumes e grãos, colaborando com a segurança alimentar do planeta e a educação ambiental.
Segundo o diretor-presidente do IAT, José Luiz Scroccaro, os parques urbanos têm sido fundamentais para a recuperação de áreas degradadas. “Nós tínhamos aqui um lixão, uma erosão e agora é este espetáculo de parque. Além de você ter uma visão diferente, tem também áreas para esporte, pista de corrida e de caminhada, ciclovias, a polinização, onde há as abelhas sem ferrão, polinizando a nossa flora e produzindo ainda mais alimento”, salientou. “Hoje temos aqui 157 mil metros quadrados para serem desfrutados pela população do Cianorte e municípios vizinhos”.
No caso de Cianorte, o principal objetivo do complexo foi a recuperação de 15,5 hectares no fundo de vale e a consequente erosão existente no local. O projeto visa garantir que a taxa de permeabilidade do solo atinja no mínimo 70% como forma de minimizar os impactos negativos da expansão urbana. Outro ponto fundamental é o controle das cheias, uma vez que o entorno do Córrego Manduhy será reflorestado.
Além disso, 660 mudas de árvores nativas de 13 espécies e mais de 10 mil metros quadrados de gramíneas serão plantadas para a recuperação da área degradada pelo desmatamento ou por queimadas.
O prefeito Marco Franzato ressaltou que Cianorte carecia de um espaço de lazer como o Parque Urbano. “Esse era um local que estava abandonado e que agora traz desenvolvimento, integração e lazer para essa região da Vila 7. Temos um governo com uma sensibilidade absurda para o Interior, para Cianorte e toda a região. Então é uma felicidade enorme, é muita gratidão”, celebrou.
“É o desenvolvimento do turismo que estamos fazendo aqui na região da Amenorte, que abrange cerca de 160 mil pessoas, visando o turismo rural e as áreas de lazer, porque quando você traz as pessoas para a cidade, elas querem ter um local bonito como este para se divertir”, concluiu.
Balanço do programa Parques Urbanos
Este é o 32º Parque Urbano entregue para a população paranaense. Já receberam esse tipo de estrutura os municípios de Alto Paraíso, Andirá, Araruna, Brasilândia do Sul, Campina da Lagoa, Campo Mourão, Cruzeiro do Iguaçu, Diamante do Norte, Guaíra, Itaguajé, Jardim Olinda, Juranda, Jussara, Kaloré, Laranjal, Maria Helena, Marilena, Maringá, Marumbi, Moreira Sales, Perobal, Primeiro de Maio, Rondon, Santa Isabel do Ivaí, Santo Antônio da Platina, São João, São Tomé, Sapopema, Tapejara, Terra Rica e Ventania.
Outros 28 municípios estão com projetos de parques em andamento: Ampére, Arapongas, Assaí, Boa Ventura de São Roque, Cambará, Cidade Gaúcha, Cornélio Procópio, Corumbataí do Sul, Cruzeiro do Oeste, Flor da Serra do Sul, Formosa do Oeste, Jaguapitã, Janiópolis, Mangueirinha, Marquinho, Moreira Sales, Nova Londrina, Nova Olímpia, Ouro Verde do Oeste, Pitanga, Quatiguá, Quatro Barras, Querência do Norte, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Mônica, Santo Antônio do Sudoeste, São João do Ivaí e Umuarama.
Há, ainda, três cidades que estão com os parques em fase de licitação: Altônia, Califórnia e Santa Cecília do Pavão. Ao todo, 63 municípios paranaenses, via convênio com o IAT, serão beneficiados com o programa Parques Urbanos. O investimento total por parte do Governo do Paraná é de R$ 79 milhões, com previsão de conclusão de todos os parques em 2026.
Objetivo da iniciativa
O Parques Urbanos é uma parceria entre Sedest, IAT e prefeituras, que incentiva a criação de parques em regiões de fundo de vale ou áreas com ações erosivas. Uma das características comuns às áreas de fundo de vale é a presença de recursos hídricos, o que aponta para a existência de Áreas de Preservação Permanente Ecológica (APP).
Outras iniciativas estão incluídas no projeto, como o Poliniza Paraná e o Espaço Educador Sustentável, com atividades de educação ambiental. Por meio da ação, os locais ganham hortas urbanas, que estimulam o engajamento da população com o meio ambiente, e jardins dos sentidos, que desenvolvem a sensibilidade sensorial-ambiental dos visitantes.
Com informações da Agência Estadual de Notícias