De acordo com a Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), de janeiro a abril deste ano foram registradas 1.521 mortes por pneumonia ou influenza (gripe) no Paraná. No mesmo período, foram internadas 9.950 pessoas para tratamento destas duas condições, uma média de 82 internamentos por dia.
Em comparação com os quatro primeiros meses do ano passado, foram registradas 1.145 mortes e uma média diária de internações de 91 pessoas. Em todo o ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) contabilizou 3.694 internamentos e 4.409 óbitos por pneumonia ou influenza (gripe).
“Os meses de junho e julho são os mais intensos em relação ao frio, diminuindo a imunidade das pessoas, o que aumenta o risco. Por isso o alerta. É preciso ficar atento aos sintomas da doença, não descuidar com a hidratação, evitar contato com pessoas que estejam com sintomas e atentar para a etiqueta respiratória” diz a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr.
Cuidados
A recomendação que seja feito o uso de máscaras cirúrgicas, em caso de coriza ou tosse. Assim como, higienizar as mãos com água e sabonete ao longo do dia e manter os ambientes arejados.
Essas doenças podem ser prevenidas com vacina, muita hidratação e cuidado em manter ambientes arejados.
Em caso de suspeita da doença, o usuário do SUS deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa, onde será avaliado pelas equipes. Caso haja a necessidade de um tratamento intensivo, o paciente poderá ser encaminhado para uma unidade de referência.
Pneumonia
A pneumonia é uma infecção dos pulmões, causada por algum micro-organismo, geralmente bactérias. Os vírus que causam a gripe podem determinar a diminuição das defesas do corpo e favorecer o desenvolvimento de bactérias, provocando uma infecção local ou das vias respiratórias. A piora do quadro clínico poderá levar o paciente a óbito.
O tratamento da pneumonia se dá de acordo com o micro-organismo causador da doença. Nas bacterianas, o antibiótico é uma das alternativas, já quando é causada por vírus, o tratamento inclui oseltamivir, medicamento antiviral para tratamento de influenza, e medidas medidas de suporte: controle de dor, assistência psicológica, assistência nutricional, reabilitação física, odontologia, medicina integrativa.
Vacinação
As vacinas contra a influenza e antipneumocócica reduzem as internações e a mortalidade por pneumonia. Confira os imunizantes disponíveis no SUS:
A vacina contra a influenza está disponível desde o dia 2 de maio para todas as pessoas com mais de seis meses de idade. Ela é disponibilizada no SUS, nas unidades de saúde dos municípios e faz parte da campanha contra a gripe do Ministério da Saúde.
A vacina pneumocócica conjugada 10 valente (VPC10) está disponível na rotina de vacinação para todas as crianças aos 2 e 4 meses de vida, com reforço aos 12 meses.
A vacina pneumocócica conjugada 13 valente (VPC13) é ofertada gratuitamente e previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças. Incorporada ao SUS em 2019, é indicada apenas para pacientes de alto risco, acima de cinco anos de idade, portadores de Aids/HIV, pacientes oncológicos e transplantados.
A vacina pneumocócica conjugada 23 valente (VPC23) está disponível na rotina dos povos indígenas e pessoas a partir de 60 anos, que vivem acamados e/ou institucionalizados (como casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos e casas de repouso). Esta vacina também é ofertada de forma especial para pessoas com comorbidades como imunodeficiência devido à imunodepressão terapêutica, implante coclear (ouvido), nefropatias crônicas/hemodiálise/síndrome nefrótica, pneumopatias crônicas, exceto asma intermitente ou persistente leve, asma persistente moderada ou grave, cardiopatias crônicas, hepatopatias crônicas, doenças neurológicas crônicas incapacitantes, trissomias, diabetes e doenças de depósito.
Com informações da Agência Estadual de Notícias