Com adesão bem abaixo da esperada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância da imunização contra a doença e que as doses continuam disponíveis em todas as unidades de saúde, mesmo após o término da campanha.
Mais 700 mil crianças estavam dentro do público esperado para receber a vacina, para o Estado alcançar a meta de 95% de cobertura. Entretanto, foram administradas apenas 95.983 doses: 81.454 da Vacina Oral Poliomielite (VOP/duas gotinhas de reforço) e 4.527 doses de Vacina Injetável Poliomielite (VIP), conforme dados da Rede Nacional de Dados em Saúde. A cobertura vacinal da campanha ficou em 14,06%.
“É importante destacar que, apesar da campanha encerrar nesta sexta-feira, a vacina contra a poliomielite permanece disponível e gratuita nas UBS. Todas as crianças que fazem parte do grupo elegível devem se vacinar. A poliomielite é uma doença considerada eliminada no país e é nosso dever cuidar para que esse quadro não se altere”, reforçou o secretário estadual da Saúde, Cesar Neves.
Pólio
Segundo o Ministério da Saúde (MS), em 1994 a poliomielite foi considerada erradicada no Brasil. O último registro da doença no Paraná foi em 1986, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Contudo, casos da doença vêm surgindo nos últimos anos, e a falta de vacinação é o principal fator.
Também conhecida como paralisia infantil, ou pólio, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda, causada por um vírus no intestino, que pode infectar crianças e adultos. Nos casos graves acontece a paralisia dos músculos, e os membros inferiores sãos os mais atingidos.
O atual esquema vacinal contra a poliomielite é composto por três doses injetáveis no primeiro ano da criança, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida. O reforço deve ser administrado aos 15 meses de idade, com a primeira dose, e aos 4 anos, com a segunda. Para as duas doses de reforço a administração do imunizante é por meio de duas gotas, exclusivamente por via oral.
Com informações da Agência Estadual de Notícias