O Paraná recebeu e distribuiu aos municípios a primeira remessa da vacina Spikevax monovalente contra Covid-19, fabricada pela farmacêutica Moderna. O novo imunizante irá substituir todas as vacinas utilizadas até o momento em todo Brasil. A vacina Monovalente (XBB) já é utilizada em outros países e é adaptada para a variante XBB.1.5, uma subvariante da Ômicron.
Trata-se de uma vacina RNA mensageiro (RNAm) que codifica a glicoproteína spike estabilizada por meio de nanopartículas lipídicas. Após a injeção, as células do corpo absorvem a nanopartícula lipídica, entregando a sequência de RNAm às células para tradução em proteína viral, iniciando então a resposta imunológica contra o SARS-CoV-2.
Confira onde tomar a vacina atualizada em Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel.
De acordo com o Ministério da Saúde, a nova vacina deve ser aplicada em toda a população entre 6 meses e 5 anos incompletos, que ainda não foi vacinada ou com esquema vacinal incompleto das vacinas anteriores, dentro da rotina no Calendário Nacional de Vacinação Infantil. São necessárias duas doses pra proteção completa.
Também pode ser utilizada para dose de reforço em grupos prioritários que, segundo recomendação do Ministério da Saúde, devem receber reforço periódico da vacina contra Covid-19 (a cada seis meses ou uma vez por ano), em uma ou duas doses. Veja quem faz parte do grupo prioritário.
“Assim como acontece com a vacina da Influenza, que a cada ano recebe a formulação conforme a variante do vírus que está em circulação, a vacina contra Covid-19 também foi atualizada. Importante ressaltar que o objetivo principal da vacina é reduzir casos graves e óbitos pela Covid-19, para tanto, é essencial garantir a continuidade do esquema vacinal para obter a proteção máxima contra o vírus”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Neste momento, a população de 5 anos a 59 anos, que não faz parte de nenhum grupo prioritário, não tem a recomendação de vacinação com a vacina XBB, conforme recomendação do Programa Nacional de Imunizações.
Confira as principais dúvidas e respostas sobre o esquema vacinal
Quem deve tomar a nova vacina?
A vacina deve ser utilizada em toda a população entre 6 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias não vacinada dentro da rotina no Calendário Nacional de Vacinação Infantil. Crianças menores de 5 anos que possuem esquema primário completo também têm direito a uma dose de reforço com a cepa atualizada. Ela pode ser utilizada para dose de reforço em grupos prioritários que, segundo recomendação do Ministério da Saúde, devem receber reforço periódico da vacina contra Covid-19 (a cada seis meses ou uma vez por ano).
Faço parte dos grupos prioritários e não tomei todas as doses do passado, devo tomar?
Todas as pessoas pertencentes aos grupos prioritários, isto é, mais vulneráveis a desenvolverem casos graves da doença, devem receber uma dose da vacina XBB.
Faço parte dos grupos prioritários e tomei todas as doses do passado, devo tomar?
Sim, a recomendação é de aplicação periódica, a cada seis meses ou ao menos uma vez por ano.
Não faço parte dos grupos prioritários e não tomei todas as doses do passado, devo tomar?
Neste momento, a população de 5 anos a 59 anos, que não faz parte de nenhum grupo prioritário, não tem a recomendação de vacinação com a vacina XBB, conforme recomendação do Programa Nacional de Imunizações.
Não faço parte dos grupos prioritários e tomei todas as doses do passado, devo tomar?
Neste momento, a população de 5 anos a 59 anos, que não faz parte de nenhum grupo prioritário, não tem a recomendação de vacinação com a vacina XBB, conforme recomendação do Programa Nacional de Imunizações
Cobertura vacinal e números
De acordo com o vacinômetro nacional, neste ano apenas 8,13% das crianças entre 6 meses e 4 anos receberam o esquema vacinal atual contra Covid-19, já entre as crianças de três a quatro anos a cobertura chegou a 11,79%. Antes dessa nova vacina, a recomendação era de vacinação com três doses da Pfizer. Com relação aos grupos prioritários, 20,33% da população elegível recebeu a vacina bivalente também da Pfizer este ano.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) mostra que o Paraná registrou neste ano 33.346 casos da doença e 90 mortes. Desde março de 2020, o Estado soma 3.005.086 casos confirmados e 46.690 mortes.
Confira como fica o esquema de vacinação por público
Crianças de 6 meses a 4 anos de idade (não vacinadas) | 2 doses | Quatro semanas entre as doses |
Crianças de 6 meses a 4 anos de idade (vacinação completa – três doses) | 1 dose | Intervalo mínimo de três meses da dose mais recente |
Crianças de 6 meses a 4 anos de idade (vacinação incompleta – a depender do número de doses já recebidas) | 1 ou 2 doses | A partir de quatro semanas entre as doses |
Imunocomprometidos a partir de 5 anos (não vacinados) | 3 doses | Quatro semanas entre a D1 e a D2 e oito semanas entre D2 e D3 |
Imunocomprometidos a partir de 5 anos (vacinação incompleta) | 1 ou 2 doses | A partir de quatro semanas entre as doses |
Imunocomprometidos a partir de 5 anos (vacinação completa, esquema de 3 doses) | 2 doses | A cada 6 meses, intervalo mínimo de três meses da dose mais recente |
Idosos | 2 doses | A cada 6 meses, intervalo mínimo de três meses da dose mais recente |
Gestantes e puérperas | 2 doses | A cada 6 meses, intervalo mínimo de três meses da dose mais recente |
Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores | 1 dose | aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Indígenas | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Ribeirinhos | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Quilombolas | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Trabalhadores de saúde | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Pessoas com deficiência permanente | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Pessoas com comorbidades | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Privadas de liberdade (≥ 18 anos) | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Funcionários do sistema de privação de liberdade | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |
Pessoas em situação de rua | 1 dose | Aplicação anual, intervalo mínimo de três meses da última dose |