A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou novo boletim semanal da dengue na última terça-feira (15). De acordo com os dados, 38 pessoas morreram, levando o total de mortes a 277 no Estado desde julho do ano passado, o início do atual período epidemiológico. Foram confirmados ainda mais 27.627 novos casos da doença, levando o total para 359.431.
As mortes mencionadas no último informe ocorreram em março e maio, com 27 das vítimas tendo comorbidades, ou seja, condições de risco como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares etc. As idades das pessoas vitimadas variam entre 1 dia (complicações pós-cesariana de emergência de mãe com epilepsia e dengue) e 96 anos.
Foram 16 municípios que relataram as mortes: Curitiba, Pinhais, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Cascavel, Apucarana, Cambé, Londrina, Primeiro de Maio, Rolândia, Sertanópolis, Palotina, Toledo e Curiúva.
Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, é o único município do Estado sem casos confirmados. As cidades com mais casos são Londrina (24.631), Cascavel (23.328), Maringá (17.971), Apucarana (17.522) e Francisco Beltrão (13.690).
Os municípios que registram maior número de mortes são Londrina (29), Cascavel (29), Toledo (20), Apucarana (16), Cornélio Procópio (11) e Rolândia (11)
Zika e Chikungunya
Informações sobre chikungunya e zika, transmitidas também pelo mosquito Aedes aegypti, são apresentadas no mesmo documento. Não houve o registro de novos casos de chikungunya, que somam 127 confirmações e 1.532 notificações da doença no Estado. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus, com 122 notificações registradas.
Ministério da Saúde detalha epidemia nacional
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça um relatório que aponta que 24 Estados e o Distrito Federal registram queda na incidência de dengue e apenas dois seguem em cenário de estabilidade (Maranhão e Mato Grosso). Até o momento, o País possui 4,7 milhões de casos prováveis da doença e totaliza 2,5 mil mortes.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Além de vacinar as crianças para protegê-las, conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias.