O mais recente boletim da Secretaria Estadual da Saúde mostra que a epidemia de dengue não está dando trégua no Paraná. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (23), a doença teve 41.472 novos casos confirmados, com o registro de mais 31 mortes. Com isso, o total de infectados no período epidemiológico (de agosto de 2023 para cá) chegou a 260.519, com um total de 171 vítimas fatais.
As novas mortes foram confirmados nos municípios de Ivaí (1), Ponta Grossa (1), Chopinzinho (1), São João (1), Ampére (1), Dois Vizinhos (1), Pranchita (1), Santo Antônio do Sudoeste (3), São Jorge do Oeste (2), Boa Vista da Aparecida (2), Cascavel (7), Quedas do Iguaçu (1), Pérola (1), Mandaguari (1), Marialva (1), Sarandi (2), Apucarana (3) e Guaíra (1).
Dos 399 municípios do Paraná, apenas quatro seguem sem casos confirmados de dengue, o que mostra o alcance da epidemia, que coloca o Estado sob emergência. São eles: Agudos do Sul, Doutor Ulysses, Fernandes Pinheiro e Santana do Itararé.
Chikungunya e zika
O mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, também é responsável pela transmissão da zika e chikungunya. Durante o atual período epidemiológico, não houve confirmação de casos de zika. São 109 notificações e nenhum caso ou óbito confirmado. O novo boletim registrou 11 novos casos de chikungunya, somando 115 confirmações da doença no Estado. Do total, 73 são autóctones (com infecção local) e 28 considerados importados. Desde o início do atual período epidemiológico foram registradas 1.304 notificações.
Vacinação é estendida e falta de procura pode levar a remanejamento de doses
No final de março, o Ministério da Saúde anunciou que, a pedido do Paraná, fará a distribuição de doses da vacina contra a dengue para mais uma regional paranaense, a de Apucarana, no total de 17 novos municípios. No primeiro lote da campanha, já tinham sido contempladas outras duas regionais: Foz do Iguaçu e Londrina, num total de 30 municípios.
A lentidão na vacinação com o imunizante Qdenga, da farmacêutica Tanaka, também preocupa as autoridades. A aplicação estava em apenas 56% do público-alvo, que neste início é de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Com isso, o Ministério da Saúde também prometeu a elaboração uma Nota Técnica para formalizar a recomendação de remanejamento de vacinas a outros municípios. O primeiro lote que veio ao Paraná, por exemplo, só vale até o dia 30 de junho.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias