O uso de carteiras digitais de telefone celular e relógios inteligentes, que se tornou muito popular no Brasil, não será mais permitido nos ônibus, terminais e estações-tubo de Curitiba a partir do dia 1º de maio para pagamento da tarifa por aproximação. A medida foi anunciada pela Urbs, que opera o sistema de transporte coletivo da capital, nesta terça-feira (16).
Desta forma, a partir da data estipulada, o pagamento nos validadores só poderá acontecer com cartões físicos. Segundo a empresa, a medida é necessária pois o pagamento com celulares ou relógios concentra a maioria das fraudes verificadas no sistema. As carteiras digitais, como Apple Pay, Samsung Pay e Google Pay, se tornaram comuns no cotidiano dos brasileiros e permitem a praticidade para que o usuário não precise carregar consigo os cartões de banco. A Urbs confirmou a O Luzeiro que a medida será imposta por tempo indeterminado.
Também nesta terça, a administradora do sistema informou que está revertendo uma limitação imposta em fevereiro deste ano. Na época, foi limitada a passagem de cada cartão de crédito ou débito a uma vez por hora dentro do sistema de transporte. Agora, volta a ser possível pagar até três passagens por hora em cada validador.
A limitação visava impedir a ação de um grupo criminoso ligado à venda irregular de passagens com pagamento por cartões de débito e crédito virtuais, que já provocou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao transporte coletivo de Curitiba.
O esquema criminoso veio a público em fevereiro e foi descoberto graças a uma ação integrada entre a Polícia Civil, a Urbs e a Guarda Municipal. Segundo as informações da empresa, as investigações sobre a quadrilha continuam.
Os criminosos simulavam o pagamento da passagem por meio de celular e de um aplicativo e vendiam essas passagens aos usuários a preços mais baratos do que a tarifa, que é de R$ 6. O passageiro era abordado, o criminoso se oferecia para pagar a passagem com celular em troca de um valor menor e o passageiro passava na catraca. A Urbs orienta os usuários a não comprar passagens de terceiros.