A vacinação contra a dengue será estendida para mais 17 municípios do Paraná, todos da região de Apucarana (Norte), a que tem a maior incidência da doença no Estado. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Saúde. A campanha, feita com o imunizante Qdenga, da farmacêutica Tanaka, teve seu primeiro lote destinado a 30 municípios paranaenses.
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Os municípios que receberão doses são todos da 16ª Regional de Saúde. São eles: Apucarana, Arapongas, Bom Sucesso, Borrazópolis, Califórnia, Cambira, Faxinal, Grandes Rios, Jandaia do Sul, Kaloré, Marilândia do Sul, Marumbi, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Bom, Sabáudia e São Pedro do Ivaí. Vale lembrar que, neste momento, o público-alvo da vacinação são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
O envio veio após pedido da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). A regional de Apucarana já registrou 21.508 casos confirmados e 15 mortes pela dengue no atual período epidemiológico, iniciado em julho do ano passado. No mesmo intervalo de tempo, o Paraná teve 135.961 confirmações de contaminação e 77 mortes pela doença.
Pelo anúncio de quarta-feira, a vacinação será ampliada para mais 154 municípios brasileiros, em um lote com 930 mil doses. A data de envio desta nova remessa ainda não foi confirmada, a estimativa do Ministério da Saúde é iniciar a distribuição na próxima semana. Também haverá destinação de mais vacinas aos municípios que já são atendidos, pois o ciclo completo de imunização contra a dengue requer duas doses por pessoa.
Vacinação está lenta e doses podem ser remanejadas
O Paraná recebeu até o momento um único lote dos imunizantes Qdenga, produzidos pela farmacêutica Takeda, com 35.025 doses. Estas vacinas foram destinadas para 21 municípios da 17ª Regional de Saúde de Londrina (23.064 doses) e nove municípios da 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu (11.961 doses). Segundo um levantamento do Governo do Paraná, divulgado nesta segunda-feira (25), 19.694 vacinas foram aplicadas até o momento, cerca de 56% do total recebido.
A lentidão na vacinação, e o curto prazo de validade das doses, fez ainda o Ministério da Saúde anunciar que está elaborando uma Nota Técnica para formalizar a recomendação de remanejamento de vacinas a outros municípios. O lote que veio ao Paraná, por exemplo, só vale até o dia 30 de junho.
O Governo Federal irá elaborar uma lista de municípios aptos a receber as doses não utilizadas. O critério de para onde as vacinas irão ficará a cargo dos Estados.
A Secretaria da Saúde anunciou que já iniciou um levantamento junto aos 30 municípios que receberam as doses da primeira remessa para verificar o número de vacinas disponíveis e definir novas estratégias de distribuição, se for necessário.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias