O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) aponta que o Paraná atingiu a marca de 135.961 casos confirmados de dengue no atual período epidemiológico, iniciado em julho do ano passado. A doença ainda causou 77 mortes de paranaenses nesse intervalo de tempo. Mas nem mesmo a gravidade da pandemia, que colocou o Estado em emergência, serve para fazer avançar a vacinação. Pelos últimos dados divulgados pelo governo, em um mês de campanha, apenas 56% do público-alvo foi imunizado.
Pelos dados do último boletim, na semana que passou, o Paraná registrou mais 22.767 casos – novo recorde semanal – e 18 mortes pela dengue. As vítimas fatais tinham entre 25 e 100 anos, sendo que nove homens e nove mulheres. Destas pessoas, nove não possuíam comorbidades, ou seja, fatores de risco como doenças cardíacas, pulmonares, obesidade etc.
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Os municípios paranaenses que tiveram mais casos confirmados de dengue são Apucarana (13.450), Londrina (9.929), Cascavel (8.210), Maringá (6.100) e Paranavaí (3.998). Dos 399 municípios do Estado, 356 apresentaram casos autóctones, que é quando a doença é contraída localmente, e todos os municípios tiveram notificações.
O Paraná é o 4º estado do Brasil com a maior incidência de dengue, atrás do Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal.
O novo boletim confirmou ainda um novo caso de chikungunya, somando 92 confirmações da doença no Estado. Do total de casos, 58 são autóctones.
Desde o início deste período epidemiológico, não houve confirmação de casos de zika vírus.
Vacinação está lenta; saiba quem deve ser imunizado e onde
O primeiro lote de vacinas contra a dengue, enviado pelo Governo Federal, foi distribuído para 30 municípios do Paraná. Conforme definido pelo Ministério da Saúde, a faixa prioritária para a imunização no momento é de 10 a 14 anos. Com um mês do início da campanha, apenas 56% do público-alvo foi imunizado no Estado.
O lote é composto por doses do Qdenga, imunizante produzido pela farmacêutica Takeda, que têm validade até 30 de junho. Este é mais um fator para que pais e mães de crianças e adolescentes levem seus filhos para tomar a vacina. Confira a lista de municípios que receberam doses.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias