O último boletim da dengue renovou o recorde de casos confirmados pela doença registrados no Paraná: 22.222 em uma semana. Com o maior resultado deste período epidemiológico, iniciado em julho de 2023, o total de registros foi a 113.194. Também foram confirmadas 11 novas mortes, sendo que cinco delas ocorreram com pessoas sem comorbidades, ou seja, sem fatores de risco como hipertensão, obesidade etc. Até agora, 60 pessoas já morreram em decorrência da dengue no Estado.
Os dados foram divulgados após o governo, por meio de decreto, anunciar um estado de emergência pela doença no Paraná.
As vítimas fatais com confirmação na última semana tinham entre 14 e 89 anos. Os registros ocorreram em Londrina (4), Apucarana (3), Jandaia do Sul (1), Toledo (1), Cianorte (1) e Chopinzinho (1).
Com os últimos números, 345 dos 399 municípios do Paraná já registraram contaminação local por dengue – os chamados casos autóctones. Os municípios que registraram o maior número de casos confirmados são Apucarana (12.819), Londrina (8.055), Cascavel (6.651), Maringá (5.043) e Paranavaí (3.554).
O novo boletim confirmou também três novos casos de chikungunya, somando 91 confirmações da doença. Do total de casos, 57 são autóctones. Há, ainda, 335 casos em investigação e 864 notificações. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika. As três doenças – dengue, chikungunya e zika – são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti.
Este foi o 28º boletim da dengue no atual período epidemiológico. Os dados são de responsabilidade da Vigilância Ambiental, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias