O Governo do Paraná decretou nesta quinta-feira (14) estado de emergência em saúde pública por causa da epidemia de dengue. A medida terá duração de 90 dias e vem após o Estado registrar mais de 90 mil casos e 49 mortes pela doença no atual período epidemiológico, iniciado em julho de 2023.
Segundo o governo, a intenção da medida é reforçar e agilizar as atuais ações tomadas pela epidemia da doença. Visitas a residências em áreas de risco serão intensificadas para combater os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika. Os municípios ficam proibidos de comprar larvicidas ou inseticidas diferentes dos recomendados pelo Ministério da Saúde. Médicos e enfermeiros vão ter reforçadas as recomendações para tratamento inicial da doença.
O decreto 5.183/2024 permite, também, mais agilidade na destinação de recursos dos governos Estadual e Federal aos municípios, evitando as burocracias normais, e facilitando, por exemplo, o processo de aquisição de insumos e medicamentos.
O texto da medida torna crime de desobediência e infração sanitária o descumprimento de qualquer orientação dada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Outra autorização do decreto é permitir que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) requisite servidores e veículos de outros órgãos do governo para atuar no combate à epidemia.
Dentre os 399 municípios paranaenses, 397 já registraram notificações por dengue. Destes, 366 já possuem casos confirmados pela doença, quase 92% do total. A incidência de casos autóctones (transmitidos dentro do Estado) chegou a 697 casos por 100 mil habitantes. Vinte e seis municípios já decretaram situação de emergência no Paraná.
O Paraná é atualmente o 4º Estado do País com a maior incidência de dengue, atrás do Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal, conforme dados do Informe nº 5 do Centro de Operação de Emergências (COE) do Ministério da Saúde.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias